Constantemente nos deparamos com uma pergunta que a vida nos faz, perguntas que nos transportam para uma série de possibilidades. Possibilidades que também se encarregam de mexer em nossa estrutura e trazer à tona vários medos, traumas, sentimentos negativos que impossibilitam as realizações e isso faz parte desse jogo que é viver.
Viver não é fácil, é preciso coragem. Diante das perguntas da vida sempre existirão mais de uma resposta, você pode ou não aceitar a proposta, terá sempre uma reação mediante a nossa ação, então é preciso analisar ¨o que eu ganho e o que eu perco¨ (trecho da canção Apenas mais uma de amor – Lulu Santos), nem sempre será ganho, podemos responder errado, podemos nos enganar diante da proposta, isso não é o fim, faz parte da construção da nossa humanidade, cair e levantar é histórico dos grandes seres humanos. O medo de responder nos paralisa e essa paralização já é uma resposta, não dizer sim ou não é uma resposta perigosa que pode nos afastar de nós mesmos, deixar que os outros nos governe e isso pode ser um caminho de difícil volta.
Tenho a oportunidade de ver variadas respostas em meu local de trabalho, sou enfermeiro intensivista, e ali naquele ambiente onde mora a esperança e o inverso também, as reações são diversas. Compartilho com vocês dois casos que acompanhei, a paciente ¨Fulana Silva¨ muito bem colocada profissionalmente, ocupava um cargo de destaque, aos 48 anos, é diagnosticada com um Câncer de mama em estágio avançado, porém com proposta de tratamento, diante desse dramático evento em sua em vida, ela precisava responder e existia mais de uma resposta, você concorda comigo nisso? Segura esse caso em mente que irei partilhar com vocês uma outra paciente, agora a ¨Sicrana da Silva¨ – mulher simples com uma história de luta e muitas dificuldades, também como ¨Fulana da Silva¨, é diagnosticada com câncer de mama, em estágio avançado, e qual foi sua resposta perante a esse evento? Ambas vivendo os mesmos dramas, com possíveis respostas parecidas, no entanto as respostas foram bem opostas, a ¨Sicrana da Silva¨ resolve abraçar a sua dor e encarar a esperança como resposta, começou a aproveitar a vida dentro de suas possibilidades, fez as pazes consigo, iniciou coisas que sempre sonhou fazer, viveu cada dia do seu tratamento com alegria, não sem dor, mas com alegria. Já, ¨Fulana da Silva¨, resolveu culpar tudo e todos, desistiu dos seus sonhos, adotou a arrogância e o desprezo com atitudes dominantes, no meio do tratamento ela desistiu, parou com a quimioterapia, não quis mais acompanhamento médico e aos poucos se entregou a tristeza até a morte. Veja bem, situações parecidas com respostas bem distintas! E como responderemos às nossas perguntas?
É importante saber que a resposta está em nossas mãos, a nossa consciência nos revela muitas respostas, é preciso recorrer a intuição racional para analisarmos os cenários e suas consequências, saber viver é saber responder e olhar para traz e ver que não fugimos das perguntas, olhar e ver que mesmo com resposta impensada e erradas aprendemos para responder melhor às outras perguntas que a vida traz… Que tenhamos força para optarmos por respostas que nos eleve a patamares de conquistas emocionais, fisiológicas, espirituais, financeiras, cada vez mais conscientes e realizadoras … VALE A PENA ENTRAR NO JOGO DA VIDA E VIVER… !
Palavras chave: vida; resiliência; superação; histórias de superação
